O atrito exerce grande influência em todas as atividades humanas. Sem ele o simples ato de caminhar não seria possível, os pés deslizariam e não conseguiríamos nem ficar em pé. Mas há muito tempo o homem tenta minimizar ao máximo os seus efeitos nocivos, como elevação de temperatura e desgaste, e ele tem conseguido fazer isso com o uso adequado de lubrificantes.

A superfície de qualquer peça contém imperfeições em forma de "picos e vales" que chamamos de rugosidade. Quando duas peças estão em movimento uma sobre a outra, os seus picos e vale se encaixam, aumentando a temperatura. O aumento da temperatura irá provocar o que chamamos de "microsoldas", com a continuação do movimento as microsoldas irão se romper promovendo o desgaste do material. Quando mais lisa for uma superfície, menor será o seu valor de rugosidade, ou seja, menores serão os picos e vales. O papel do lubrificante é preencher o espaço existente entre as duas peças, evitando ao máximo o contato direto, afim de que as microsoldas não aconteçam e, consequentemente, o desgaste também não.
O atrito de desliamento é o mais complicado. Ele ocorre quando uma peça é arrastada sobre a outra. Tende a ocorrer o encaixe dos picos e vales de uma peça sobre a outra e, assim, a força que deve ser empregada para vencer o atrito deve ser muito grande. Como consequência temos um desgaste maior das peças.
O atrito de rolamento proporciona um movimento mais suave. Ao invés e uma superfície ser arrastada sobre a outra, ela é rolada. Isto diminui consideravelmente o atrito. O desgaste da peça é bem menor nesta situação. O principal elemento utilizado para proporcionar este tipo de movimento é o rolamento, comumente chamado de rolimã.
Mesmo quando temos atrito de rolamento temos desgaste. Quase sempre que tivermos duas peças em contato teremos a necessidade de aplicar algum tipo de lubrificante para diminuir o desgaste. Assim, as principais finalidades dos lubrificantes são:
- Controle do atrito;
- Controle do desgaste;
- Controle da temperatura;
- Controle da corrosão;
- Transmissão de força;
- Amortecimento de choques;
- Remoção de contaminantes;
- Vedação.
- Controle do desgaste;
- Controle da temperatura;
- Controle da corrosão;
- Transmissão de força;
- Amortecimento de choques;
- Remoção de contaminantes;
- Vedação.
A falta de lubrificante pode ser fatal para um conjunto mecânico. Se ele faltar, podem ocorrer os seguintes problemas:
- Aumento do atrito;
- Aumento do desgaste;
- Aquecimento;
- Dilatação das peças;
- Ruídos;
- Grimpagem;
- Ruptura das peças.
Quando observamos uma grane máquina apoiada sobre um eixo, estamos presenciando quase um milagre. Todo o peso está acima e uma fina camada de óleo ou graxa que chamamos de "película lubrificante". Esta película é a responsável por proporcionar a separação das duas superfícies que estão em movimento.
Para que a película lubrificante consiga manter-se uniforme e não deixe espaços sem proteger do atrito é necessário que o material que está sendo utilizado tenha uma propriedade chamada de "coesividade". A coesividade é a capacidade que que determinado material tem e manter unido, homogêneo, ou seja, coeso. É como se imaginássemos que o material representado ao lado é um porção e lubrificante e, por mais que colocássemos peso em cima esta molécula ela dificilmente se quebraria.

A condição ideal de lubrificação acontece quando conseguimos separar completamente as duas superfícies em questão. Se isto for atingido dizemos que conseguimos a "lubrificação total ou fluida". Esta é a situação em que mais conseguimos diminuir o desgaste, uma vez que quase não existe contato direto entre as superfícies.
Mas muitas vezes o lubrificante não consegue separar completamente as duas superfícies. Em determinados momentos as peças de chocam, o que produz desgastes e aquecimento mas, bem menores do que aqueles que seriam produzidos se não não houvesse lubrificação alguma. Quando isto ocorre dizemos que temos a "lubrificação limite".
A situação que acontece na maioria dos casos é lubrificação mista, que é a ocorrência dos dois casos anteriores no mesmo conjunto. Quando a máquina está desligada, as peças estão em contato, neste momento temos a lubrificação limite, à medida que vai ocorrendo a movimentação do equipamento a pressão hidrodinâmica afasta as duas peças, ocorrendo a lubrificação total.
Já nos eixos ocorre o que chamamos de "cunha lubrificante", que é bem semelhante à lubrificação mista. Quando o eixo está parado, uma parte do eixo estão em contato com o mancal. À medida que o eixo começa a girar ele tende à ficar centralizado no mancal, o que melhora a situação da lubrificação.
O vídeo abaixo é um tanto antigo mas é muito interessante, assista:
-É muito bom axis-te essas imagens,eu sou mecânico
ResponderExcluirgostei muito Obrigado...
Ótimo blog amigo, contém muita informação interessantíssima, continue assim que o blog está ótimo!
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